quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

CHANCES PARA UM DESBLOGADO

Amigos, vocês sabem que tenho um mano e que ele é
realmente uma figura ímpar...e que tem um estilo de vida
meio...como diria...cigano. Então vamos permitir que ele
possa usar o nosso blog para fazer seus posts, que diga-se
de passagem, são muito engraçados!! Ele até que escreve
direitinho!! influências...rs

A SAGA DA MUDANÇA

Rogério Silva*
                A única calça que encontrei foi aquela de listras, que ganhei no Natal de 2009 do meu cunhado. A camisa pendurada na maçaneta da porta também era listrada. A chance de sair de casa e ser confundido com uma zebra era de 8 para 10.  Por sorte ou golpe de vista, o mais engraçadinho dos colegas do trabalho apenas sugeriu que eu estivesse de pijamas. Mudança é fogo! Sou expert  no assunto. Já foram tantas que, sinceramente, perdi as contas. A espuma de barbear estava no banheiro, mas a lâmina ficou no antigo apartamento. Sem alternativa, recorri ao depilador da madame. Por que o risinho? Você teria uma solução melhor? Havia 4 dias que tinha feito a barba pela última vez. Não podia chegar à empresa com aquele aspecto troglodita.
            O grande barato é ouvir dos amigos as “saídas
infalíveis” para este tipo de situação. Já escutei de tudo.
Você nem imagina a quantidade de abobrinhas. “Nooossa,
mas você deixou o pessoal da transportadora fazer isso com
sua geladeira???? Se fosse comigo, eu processava”. Tarde
demais, já era. E o perfeccionista? “Quem embala minhas
coisas sou eu mesmo. Minha mudança pode levar um mês,
mas tudo chega em perfeitas condições”. Se eu tivesse um
mês, tirava férias, meu amigo. Tem ainda o esnobe: “Jogo o
que for velho fora e compro tudo tinindo de novo”. O jeito é
deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro.
            Meu filho de 5 anos, quase 6, surgiu no meio de
uma montanha de caixas, que parecem se multiplicar
quando desembarcadas do caminhão, e me saltou com uma
pergunta bem astuta: “Pai, o que é metáfora?”. Vai aí minha
explicação a você leitor e ao meu filho, didaticamente.
Metáfora, nada mais é que, mudar de endereço e,
aproveitando o frete, mudar de vida.  Não tem como ser a
mesma pessoa, com os mesmos hábitos e manias, quando
se tem um novo número na porta.  A casa já estava
organizada no terceiro dia, mas leva tempo até você deixar
de ser hóspede de si mesmo. Acordar na madrugada, ir à
cozinha e errar o caminho da água gelada.
            E como moramos num país em que a prestação de
serviços é exemplar – não há caos aéreo e o serviço de
encomendas é de primeiro mundo ! (humpf…!) –  toco a
telefonar para os tele atendimentos a fim de cuidar das
instalações novas. Transferência de telefone, instalação de
tv a cabo, serviço de vigilância monitorado… Qual a primeira
coisa que me pedem? Hã? Chuta… Adivinhou?
Comprovante de endereço. Terei, prometo. Assim que
receber a primeira conta. “Prezado senhor, eu vou estar
transferindo a sua  situação para a minha encarregada”. E
como é o nome da atendente? Marlene. A supervisora
também é Marlene. Deve ser tática para nos confundir.
            Tenho inveja (branca) dos pais dos meus velhos
amigos, que nasceram, cresceram e morrerão em antigos
casarões brancos, dos primeiros bairros das suas cidades.
Jamais empacotaram nada. Passarão limpíssimos por esta
vida tendo como experiência única a mudança da
maternidade para dentro de casa.
(*) Rogério Silva é jornalista e administrador, tanto quanto traumatizado com mudanças.


 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

POLIS

Um esclarecimento aos queridos leitores: Polis é o plural de Poli, apelido carinhoso para o nome Pollyana...e quem teve adolescencia se lembra...aquela garotinha adorável que ensinou a muitos o jogo do contente. Jogo que consiste em transformar algo chato, aborrecido em uma coisa alegre. Não me tenham como exagerada mas li esse livro oito vezes...acredito que ainda lerei mais.
Pois é seguindo esse raciocínio vou contar algo que vcs já sabem...existe gente do bem, outras não tão do bem e outras que...não conhecem o bem...irc...dessas temos que passar longe! Mas ontem tive o prazer de estar ao mesmo tempo com três novas amigas velhas ou velhas amigas novas que se inserem na primeira categoria: gente do bem! Pessoas leves, que veem o lado bom das coisas, que como todos, tem os seus problemas...mas que conseguem rir deles e taí uma vantagem ímpar para esse tipo de reunião despretenciosa: rir dos problemas! e sabe porque se consegue isso? porque as demais ouvintes minimizam, não superfaturam, acham soluções que vão do real as mais estaparfurdias...e isso faz a gente rir!!
Se hoje tivesse que levantar uma bandeira e defender uma causa, o slogan seria: ARRANJE SEMPRE UM TEMPO PRA FAZER NADA COM UM GRUPO DE GENTE BOA! SUA SAÚDE MENTAL AGRADECE! Beijos!!